quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Nosso primeiro encontro


Eu encontrei meu espírito vagabundo a primeira vez numa manhã de domingo despretensiosa, aquelas manhãs que você não espera absolutamente nada, manhãs mornas de um domingo qualquer!
Ele, um ser oblíquo, inteligente, brincalhão, inteligentíssimo, às vezes meio doido quando se trata de amor, aliás diga-se de passagem, quando se trata de amor a gente sempre briga, ele se joga por completo, já minha pessoa é mais precavida e ele vive dizendo que isso não é bom. Parece que consigo vê-lo parado com um sorriso no canto da boca, com aqueles olhos coloridos e apaixonantes me dizendo:"- Vai, se joga boba!"; e eu fico querendo ir e não vou, ou será que vou?!
Outro dia ele queria porque queria que eu pegasse meu celular e ligasse para uma pessoa antiga, para "A" pessoa antiga da minha vida, relutei, relutei , e acabei não ligando, não sei se a pessoa antiga valia realmente a pena.
Ele é assim, quando se trata de amor, mas em outros aspectos ele é maravilhoso, já aprendi tanto com ele, tanto....
Ele me ensinou que às vezes vale a pena a gente entrar numa briga, para sermos justos e não trair, me ensinou que os amigos são escolhas importantes na nossa vida, porque os nossos amigos são nossa própria extensão do riso, da lágrima, do amor compartilhado, da viagem inesquecível, da saudade de uma época, me disse que é importante dizer pras pessoas que gostamos delas, para que elas lembrem quando acharem que estão sozinhas no mundo. Disse que mãe é o maior presente que Deus nos deu e que devemos tratá-la da melhor forma possível, mesmo quando às vezes, nós não compreendamos o porquê dela está fazendo aquilo.
Ainda me disse da importância de Deus, desse ser MAIOR do que qualquer prática religiosa que não nos abandona nunca, mesmo que às vezes a gente o deixe só na amplidão do universo, me lembrou de como é importante rir, e chorar por que não? A lágrima desembaça a visão e acalma o coração, e o soluço da lágrima é pra gente lembrar quem fez a gente chorar e não esquecer que aquela pessoa NÃO VALE A PENA.
Fala-me de música, das suas conquistas, dos sonhos, dos nãos, nossa conversa é tão singular que em determinados aspectos minha alma se funde com o espírito dele e nos tornamos apenas UM.
Quando isso ocorre ele me lembra e me fala mais uma vez do amor, não um único amor, mas o amor por completo que todo ser humano deveria carregar e sussurra no meu ouvido:
"- Olhe para o lado e veja, o amor está em todos os lugares, em todas as relações, o amor é a mola propulsora do mundo, é ele que nos guia, que dá sentido a nossa vida, apenas e unicamente o amor!"; e eu o olho e percebo que apesar das nossas diferenças amorosas, lá no fundo ele tem razão, nascemos antes de tudo, simplesmente para AMAR, mesmo que para isso tenhamos que sofrer!
Hoje eu e ele estamos bem, afinal, aprender a amar é tão prazeroso quanto o próprio obscurantismo do amor vagabundo.
Como eu sempre digo: Esse meu espírito vagabundo viu, sei não!
RENATA CHAVES GENTIL

3 comentários:

  1. Hahahaha Adorei muito o texto, prima! Tanta coisa que eu nem sei o que comentar. Mas já que você vai fazer mais desses, vou passando por aqui! E aliás, acho que esse espírito é certo! Se joga, boba! Beijão!

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  2. Que bom Simone! A saga desse espírito continua...é só acompanhar!

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