sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Meus maiores infinitos


O livro "A Culpa é das Estrelas" margeava meu universo , mesmo sem nunca o ter folheado, porque vivia em cima das carteiras dos meus alunos. Sempre via elogiosos comentários sobre a obra de um autor chamado Jonh Green, mesmo também, sem nunca ter ouvido falar dele - até aquele instante - imaginei a história como outra de amor qualquer, não que as histórias de amor sejam "algo qualquer", mas imaginei outra coisa, outra forma.
De ante mão, não gosto de resenhar ou criticar livros, filmes, CD´s e/ou DVD´s, mas o texto, o qual pretendo terminar de escrever, é mais um agradecimento ao autor - óbvio - e aos meus alunos por andarem com esse livro para cima e para baixo e por ajudarem a despertar minha curiosidade, mas não vou agradecer pelas inúmeras lágrimas derramadas. Também quero avisar que se você não leu o livro, o texto falará sobre ele e contará coisas - que talvez você não queira saber por que ainda pretende lê-lo - mas, se você for uma curiosa que não se importa com resenhas e spoilers, leia o texto, e o livro, óbvio.
Comecei a ler o livro sabendo do final já, chato né!? Mas não me importei, fui em frente, passei página por página, sequei algumas indelicadas e buliçosas lágrimas que caiam, muitas vezes sem permissão, e me apaixonei por dois jovens lindos, corajosos e deliciosamente irônicos.
Percebi que o livro seria sensacional quando já colecionava inúmeras passagens, existem livros que fazem isso com a gente, escolhemos trechos e copiamos em tudo quanto é canto, pelo menos eu faço isso, e antes da página 50, já colecionava inúmeras passagens copiadas, lidas e relidas.
Sei, que às vezes, o universo quer ser notado (olha aí um trecho do livro), mas a história dos dois - Hazel e Augustus - também precisa ser notada. Não que eu queria que as pessoas se debrucem em cima de uma história que vai narrar o pouco tempo de vida de duas pessoas que , na verdade, deveriam viver muito. Mas, como a vida não é justa, Jonh - o autor - nos coloca diante do amor, e que amor! Um amor diferente, um amor com data certa para acabar, porque um dos dois iria mais cedo, mas nem por isso, um amor menor. Gus e Hazel são sensacionais, nossa!
A Culpa é das Estrelas é o tipo de livro que vai fazer você ri e chorar ao mesmo tempo, é o tipo de sofrimento bom, se é que existe isso, é verdade, há morbidez no livro, mas isso atrai, mesmo gostando sempre do lado mais otimista de tudo, confesso que já saber do final, me fez amar mais o Augustus(prefiro Augustus a Gus), um cara bonitão, adolescente, popular e que diz coisas assim: " Hazel Grace, quando se é charmoso e fisicamente atraente como eu, é fácil demais seduzir quem você conhece. Mas fazer com que completos desconhecidos o amem ... isso sim é um desafio." Me digam se isso não é o máximo?
Pois é, o livro é cheio dessas frases e situações que fazem a gente pensar e repensar sobre a nossa vida e sobre os nossos amores, o valor ou a ausência de valor que deveria, não ser atribuída, mas sentida, que não damos porque o tempo nos esmaga.
Hazel também é sensacional, extramente inteligente, culta, Gus diz numa determinada parte que Hazel consegue ser engraçada sem ser má, tem gente que é assim, tem gente que tem a natureza grande, quer dizer, a alma grande! Conheci poucas pessoas assim.
Na falta de palavras para finalizar meu humilde e amoroso comentário, vou usar uma fala de Hazel agradecendo à Augustus pelo amor a ela dispensado: " Gus, meu amor, você não imagina o tamanho da minha gratidão pelo nosso pequeno infinito. Eu não o trocaria por nada nesse mundo. Você me deu a eternidade dentro dos nossos dias numerados e eu sou muita grata por isso. - Hazel Grace"
No fundo, o autor e os personagens têm completa e total razão: Alguns infinitos são maiores que outros, e é justamente isso que vale a pena, precisamos ir atrás de pessoas que engrandeçam nosso infinito, mesmo sabendo que ele um dia será finito!
RENATA CHAVES GENTIL

PS- Agradecer a queridíssima aluna Virlenia Lopes que fez a delicadeza de me emprestar seu exemplar de A culpa é das estrelas, agora a culpa é da Virlenia também.