terça-feira, 13 de agosto de 2013

ESPÍRITO FRANCISGLAYDISSON


Ontem, quando finalmente consegui um tempo para assistir ao CINE HOLLIÚDY, não fiquei decepcionada. Não sou adepta a críticas, mas faço leituras semanais desses gêneros textuais, até mesmo para observar os lançamentos semanais de livros, séries, Cd´s e filmes, muitas vezes, minha opinião não vai coincidir com a crítica lida , mas leio, é mais forte do que eu. Como não sou adepta a críticas, não seria justo escrevê-las, mas abrirei uma pequena, amorosa e singela opinião cearense de um um ser apaixonado por cinema com um espírito vagabundo mais romântico que conheço.
Vi o filme sozinha na sessão de 15:50 no cinema do shopping Del Paseo, a começar pelo público, fiquei de cara impressionada com a quantidade de idosos na sala de cinema, se pudéssemos fazer uma média de idade, acredito que ficaríamos na casa dos 60, não é maravilhoso!? De início, me senti dentro de um cenário de filme, fiz referência de cara com uma comédia romântica que vi há tempos, encenada por Sandra Bullock e Ben Afleck, o casal perde um voo e precisa chegar a um determinado lugar para cumprirem compromissos (que não vem ao caso agora explicitá-los aqui - assista ao filme, ele é maravilhoso), depois de várias desventuras fingem ser um casal em lua-de-mel e passam a fazer parte de uma excursão da terceira idade, pois é, me senti nessa mesma excursão, principalmente, na hora que tive que ligar a lanterna no meu celular para um conjunto amoroso de pessoas idosas conseguirem se locomover na sala, ah como eu amo o cinema....
O filme fez tanto sucesso porque , de alguma forma, nos reflete nas grandes telonas, nos reflete como cidade, como estado, como ser social, nos reflete nas músicas antigas e nos nomes de cantoras da Jovem Guarda que o personagem principal usa para nomear seu carro de forma tão amorosa. E o filme me reflete porque faz uso da palavra e imaginação para fazer o ser humano sonhar, imaginar, reaprender, querer, amar, acreditar. Acreditar que num mundo distante, num mundo de lutas e amores de interior, a cultura pode ser extremamente útil e humana. No Brasil, ser culto é sinônimo, muitas vezes, de nariz empinado, a cultura no nosso país é MUITO CARA. CARA DEMAIS! O filme me fez ri, não posso negar, principalmente, nas suas críticas descaradas ao nosso sistema político corrupto e ineficaz tão realista e presente nos nossos políticos, mas me tocou profundamente, porque retratou de forma lúdica o desespero amador de um povo que sofre pela miséria física, contudo, é miserável pela ausência cultural da arte em si. 184 municípios cearenses, apenas 5 com salas de cinema, e a gente, macho véi, sofre!
Nosso maior desalento é não ter com o que sonhar, pensar e criticar, sem isso, além de cinemas, perdemos nossa educação, respeito ao próximo, valores sociais e discernimento político.
Para mim, o filme, além do riso, faz de Francisgleydisson - com seu nome tão cearense- o salvador cultural cearense mais macho que já vi, e macho, não é quem só pega mulher(até mesmo porque, mulher não se pega), macho é HOMEM DE VERDADE, e isso, é uma coisa completamente diferente!
Vá vê esse filme vá, vá vê vá!
‪#‎Espírito‬ Vagabundo Holliúdy, Renata Gentil

Um comentário:

  1. Preciso fazer um trabalho a respeito do filme. Confesso antes não ter a menor motivação, mas depois desse estímulo não vejo porque não.

    Agradeço desde já.

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